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Sobre Mim

Na tentativa de imortalizar memórias

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Bio

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Madalena Pequito (Lisboa, 1996)

 

Estudou na Escola Artística António Arroio, licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e realizou o mestrado Arts and Cultural Enterprise na Faculdade Central Saint Martins, em Londres. Ao longo do seu percurso procurou integrar diversos projetos e promover o diálogo com outros artistas e intervenientes do meio, destacando o coletivo Vês.Três. Foi artista residente nos Anjos70, Núcleo A70 e na Casa da Dona Laura. Ataulamente integra o FANICO estúdio.

 

A artista explora questões como identidade, diferenças culturais e memória coletiva. O seu trabalho investiga a relação entre as raízes das árvores e as relações humanas, que nos fazem preservar as nossas famílias, culturas e que nos fazem lutar pela nossa identidade. As obras de Madalena também revelam os desafios que enfrenta como artista, como sacrifícios, inseguranças, ansiedades e medos. Além da pintura, seu trabalho também explora o espaço em instalações pictóricas.

 

Em 2023, recebeu o prémio da FLAD, que financiou as suas residências artística em Nova Iorque: Kunstraum Llc e Mothership. Com o trabalho realizado em residência, Pequito recebeu o convite para realizar a exposição individual “Shared Roots / Private Jokes”, em Março de 2024, na Galeria Freight+Volume, em Tribeca, Manhattan. Esta exposição recebeu o apoio financeiro da FLAD, o apoio institucional do Instituto Camões e do Consulado Geral de Portugal em Nova Iorque.

 

Participou em duas Bienais Internacionais: a Bienal Contextile, em Guimarães, em 2022, e a Bienal ArtFem Macau, em Macau, em 2018. Foi finalista em concursos de arte, como o Prémio Arte Jovens Criadores, o Prémio Internacional de Artes da Guarda e Prémio Paula Rego, tendo recebido uma Menção Honrosa na Bienal Jovarte de 2019.

 

Realizou diversas exposições individuais, destacando: Migas Para Um, Erva Art Corner, Lisboa 2025; Shared Roots / Private Jokes, Freight+Volume Gallery, Nova Iorque, 2024; Como Construir um Vilão?, Galeria Passe Vite, Lisboa 2023; UnderWater, Galeria Thank you Mama, Lisboa 2022; e We need to Talk, na Galeria A-Space, Lisboa 2021.

 

Realizou diversas exposições coletivas, destacando: Corrente de Ar, Hub Criativo do Beato, Lisboa 2024; The low spark of high-heeled boys, Freight+volume Gallery, Nova Iorque 2023; Limpezas de Primavera, Galeria Graça Brandão, Lisboa 2023; São ou Não, Galeria de São Mamede, Lisboa 2022; AMAGAO, Galeria AMAGAO, Macau 2021; e Busman Holliday, Lábor Gallery, Budapeste 2017.

Statement

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Pintei uma árvore que tinha sido cortada. Mas as suas cores continuaram vivas e saturadas, porque as suas raízes permanecem entrelaçadas com as de outras árvores. Elas comunicam entre si, avisam-se dos perigos, sustentam-se umas às outras. Mesmo que uma seja cortada, nunca está sozinha. O solo sabe. As outras árvores sabem. Da mesma forma, uma família guarda memórias dos seus membros, das suas histórias, das suas “private jokes” que só fazem sentido dentro daquele ecossistema de afetos. É nesta troca de lembranças que criamos uma identidade coletiva.

 

Tenho pensado muito nesta ideia de partilhar histórias, sobretudo as imaginadas. Quando as contamos, damos-lhes um novo corpo, um novo tom, uma nova emoção. Mas, ao mesmo tempo que cultivamos memórias, vivemos numa era de amnésia histórica, em que alguns tentam apagar a memória de outros. Guardar todas as lembranças seria um ato de resistência? Ou apenas uma recusa em deixar o passado ser apenas passado?Deixo que o meu dia a dia influencie a minha pintura.

 

A minha prática explora questões de identidade, migração, memória coletiva, valorização cultural. Nos meus trabalhos recentes, as árvores e as suas raízes tornaram-se um reflexo das nossas relações humanas: como nos conectamos, como preservamos as nossas diferenças, como mantemos viva a memória do que somos. E no meio de tudo isto, pergunto-me: qual é o meu papel como artista? Exploro os desafios, os sacrifícios, as incertezas e medos que surgem neste caminho. Pergunto-me se os artistas podem realmente impactar o mundo. Será que me deixo levar demasiado pela emoção?

 

O meu processo criativo é um fluxo entre palavras e imagens. Tudo começa com um pensamento solto, uma anotação rápida no caderno ou no telemóvel. Por vezes, escrevo primeiro e depois pinto sobre essa ideia. Outras vezes, a imagem nasce antes do texto. Ainda assim, vejo os dois como entidades independentes, porque acredito na força estética da pintura em si.

 

Sou movida por cores, texturas e contrastes. Procuro o inacabado, exploro padrões e formas orgânicas. Mesmo quando represento objetos figurativos, coloco-os em composições abstratas. A partir de instalações pictóricas, crio universos de fantasia, onde a pintura ultrapassa os limites da tela, invadindo o espaço e os objetos.

 

Também exploro projetos participativos, porque acredito na força do encontro, da troca de ideias e da construção coletiva. O resultado é sempre imprevisível, mas essa incerteza reflete a essência da minha prática: provocar colaboração, incentivar a discussão e partilhar perspetivas sobre o que nos desafia enquanto sociedade.

Madalena Pequito

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